sábado, 1 de marzo de 2008

Barreiro anuncia que el PP reformará la ley para que el suelo no protegido se pueda edificar

CARTAGENA.- La candidata número uno del Partido Popular por Murcia al Congreso de los Diputados, Pilar Barreiro, aseguró que este partido "reformará la Legislación para que el suelo no protegido pueda ser destinado a vivienda, además de que los trámites para su desarrollo no superen los dos años".

Y es que, resaltó, "hay que proteger los espacios con valor natural, agrícola o paisajístico, hacer reservas para infraestructuras y equipamientos", por lo que, remarcó, "previsto todo esto no existe razón para que el resto del suelo no se pueda destinar a las viviendas que se necesitan".

En esta línea, puso de manifiesto "la voluntad del PP para que el ICO promueva créditos que protejan a las familias más necesitadas frente a las subidas de tipos de interés", ya que, indicó, "no somos partidarios de que los más pobres conviertan su hipoteca en una condena a perpetuidad, como propone el vicepresidente del Gobierno y ministro de Economía, Pedro Solbes".

De este modo, abogó por "poner más dinero en sus manos con exenciones de impuestos y actuar sobre las subidas de hipoteca, no haciéndolas eternas y resignarnos como el PSOE a que sigan creciendo".

"El PP propone bajar los impuestos sobre las viviendas, sobre las familias que las compran y sobre las pymes que dependen de que se hagan casas, se equipen y se les den servicios", argumentó la cabeza de lista del PP por Murcia al Congreso, quien además dejó claro que el Gobierno de este partido "promoverá la vivienda protegida y protegerá a los propietarios para que pongan viviendas en alquiler con todas las garantías".

Es por ello por lo que señaló, en un comunicado, que se "tiene que acabar la etapa Zapatero", durante la que, recordó, "han subido las hipotecas, las viviendas se han encarecido y se ha demonizado al sector económico que las construye".

Para la candidata del PP, "esa política irresponsable ha mandado al paro a miles de obreros de la construcción sin darles alternativas laborales". "Zapatero no ha querido tener en cuenta que es el sector que crea hogares para jóvenes y familias y que en Murcia forma parte de la industria turística", criticó.

Finalmente, Barreiro puntualizó que en materia de vivienda, "Zapatero ha sido igual de superficial que en las grandes materias de Gobierno y ha preferido colaborar al descalabro del sector antes que trabajar en las reformas que permitan ajustarlo a las necesidades de la gente".

Tudo indica que Zapatero será o vencedor nas eleições na Espanha / Francisco Poveda

A qualidade das relações da União Européia e a América Latina em plena segunda grande emancipação estará em jogo no próximo dia 9 de março com as eleições gerais na Espanha. Também, e não menos importante, está em jogo o prolongamento da atual "lua-de-mel" ibérica com Portugal, especialmente intensa desde a chegada ao poder do socialista José Sócrates, por sua maior sintonia geracional e ideológica com Zapatero em um momento de forte dependência econômica lusa de seu grande vizinho peninsular.

Há apenas 15 meses, o atual presidente do governo espanhol foi ungido pelas urnas por seus feitos, otimismo contagioso, ideais, princípios e método de contrastar sempre opiniões diversas. Mas hoje as pesquisas mostram um empate técnico, com uma ligeira vantagem a favor de quem o prestigiado jornal britânico "The Times" considerava então o líder social-democrata e político mais valorizado da União Européia por causa da confiança e convicção que transmite.

Os primeiros efeitos nefastos sentidos pela crise do esgotado, por ser muito desequilibrado, modelo econômico herdado de Aznar e o ruidoso fracasso das negociações de seu governo com o bando terrorista basco ETA, assim como se sucedeu com outros governos democráticos anteriores, consumiram em muito pouco tempo grande parte do capital político acumulado por Zapatero com a aprovação de 150 leis sociais para a modernização da Espanha desde sua inesperada chegada ao Palácio de La Moncloa, em abril de 2004, após o erro de Aznar de entrar na guerra no Iraque.

A guinada rumo a uma extrema direita sectária do hoje grande partido de oposição, o Partido Popular, longe de facilitar as coisas para Zapatero, produziu na última Legislatura, ao não assimilar ou assumir sua derrota eleitoral de 2004, uma forçada e crescente polarização na sociedade espanhola. Por meio do recurso nada ético de assustar, exagerar e anunciar o cataclismo, ela faz lembra um dos piores tempos da história contemporânea da Espanha pelas conspirações e usurpadas bandeiras nacionais que agitam nos últimos 36 anos após o fim da ditadura militar. Até a Igreja Católica se juntou como aliada, com grande veemência e ativismo político, à resistência às mudanças sociais implantadas por Zapatero pelo seu temor de que elas tragam uma inevitável "secularização" da vida civil espanhola, com a conseqüente perda de sua influência sobre os fiéis em pleno (e teórico) choque de civilizações de crenças monoteístas.

A previsível ascensão política de Berlusconi na Itália e, agora, as maiores chances de Rajoy na Espanha soaram os alarmes em Bruxelas. O coração da União Européia, onde a duradoura aliança tácita de moderados, liberais e sociais-cristãos procura estabilidade, segurança e riqueza, volta-se agora para Madri e Roma com certa inquietude diante do avanço de forças "eurocéticas" ao longo da costa mediterrânea, que se valem de uma retórica catastrofista diante de previsíveis tensões sociais trazidas pelo aumento do desemprego depois de uma década de grande bonança econômica.

A possibilidades eleitorais de um iracundo e distante Rajoy frente a um Zapatero tranqüilo, próximo e satisfeito se vêm prejudicadas pela própria dinâmica de sua estratégia: certa demagogia temperada com meias verdades dentro de um jogo de deslealdade institucional calculada para desgastar seu adversário ainda que a custa de tensionar complexos processos territoriais, dar opções desnecessárias ao terrorismo e molestar os imigrantes, vistos como responsáveis pela criminalidade em ascensão, fazem-no perder toda a credibilidade, aborrecer e descrever uma Espanha em preto e branco muito longe do colorido otimista que almejam até os espanhóis mais imprevisíveis.

Mas a Espanha não se deixa voltar para o passado. Mais de 1 milhão de novos jovens eleitores permitem prever que finalmente Zapatero ("só se pode ganhar se se está da vitória") poderá impor-se por suas atrativas propostas para o futuro do país. Uma pesquisa feita após o primeiro debate na TV com o atual líder oposicionista Rajoy, escolhido a dedo por Aznar como seu herdeiro político, apontou uma maior preferência pela esquerda entre os eleitores de 18 a 55 anos e nas regiões com menor sentimento "espanholista", com exceção da Andaluzia, apesar delas serem onde a grande corrupção estrutural impregnou com desonra a classe política governante.

Com uma crise internacional de previsível grande repercussão por sua profundidade e duração, os poderes de fato que representam na Espanha o capital financeiro e a Coroa veriam com muito mais tranqüilidade uma vitória social-democrata por seus planos por mais direitos civis e de manter dentro dos limites do sistema as ânsias das minorias nacionalistas democráticas da Catalunha, Galícia e País Basco. Mas é a complicada situação social que se aproxima que vai requerer uma atitude política determinada para fazer frente e gestionar processos econômicos que sirvam de paliativos para as conseqüências desta crise sobre a grande maioria da população espanhola, alçada a um artificial nível de vida por créditos de longo prazo e que agora dificilmente poderá manter em razão da perda de empregos. Neste caso, o programa do PSOE encerra um projeto "ad hoc" frente à postura do PP, que não tem planos claros e convincentes para o crescente contingente de pessoas atingidas pela perda de postos de trabalho e patrimônio, que já são efeitos retardados a ausência de um mínimo sentido social nas políticas desenvolvidas por Aznar nos campos de urbanismo e habitação durante seus oito anos de governo (1996 a 2004).

A catarse parece inevitável, apesar da subsistência das lendárias "duas Espanhas". Enquanto os aposentados, especuladores, integristas católicos, altos funcionários, pessoas mais temerosas, inseguras, menos competitivas, os emigrantes na América e os privilegiados desde o Franquismo se identificam mais com a retórica do PP, a esperança que Zapatero vende atrai os jovens em busca do futuro, os empregados qualificados, pequenos empresários, profissionais liberais e quase todos os emigrantes espanhóis na Europa, docentes e estudantes.

Com uma fatia de 20% ainda de eleitores de indecisos, se antes do 9 de março não ocorrer nenhum "choque de trens" que possa subverter a atual tendência, tudo parece indicar que o PSOE revalidará sua atual maioria, inserido na mais pura tradição social-democrata européia. Como no caso de Obama nos EUA, os inovadores, os cientistas e os artistas declararam seu apoio a Zapatero, que deverá permanecer no poder.

(Publicado en "O Globo", de Brasil)

http://oglobo.globo.com/opiniao

Nuevos datos reabren el escándalo que sacude a la patronal francesa por financiar en secreto a los sindicatos

PARÍS.- La patronal francesa vuelve a verse salpicada por el escándalo al conocerse que el antiguo presidente de la Unión de Industrias y Oficios de la Metalurgia (UIMM), la poderosa patronal metalúrgica francesa, Denis Gautier-Sauvagnac, ha recibido una indemnización de 1,5 millones de euros para hacer frente a una potencial condena.

Gautier-Sauvagnac está imputado en el caso de la financiación secreta de los sindicatos que estalló en octubre de 2007 y le llevó a abandonar el puesto.

La patronal ha admitido la indemnización y haberse comprometido a asumir la carga financiera de una eventual sanción fiscal pero niega haber "comprado" el silencio de su antiguo jefe.

Este nuevo escándalo fue destapado por el semanario 'Marianne', que también dice que el acuerdo de dar a Gautier-Sauvagnac una indemnización se ocultó a algunos miembros del Buró de la UIMM que congrega a los dirigentes de los grandes grupos industriales, una información que la organización niega asegurando que se trató de una decisión unánime.

El semanario sostiene que los dos acuerdos, negociados con Michel de Virville, presidente de la Unión Interprofesional para el Empleo, la Industria y el Comercio y encargados por la UIMM, tenían como objetivo "garantizar el silencio" de Gautier-Sauvagnac sobre la identidad de los beneficiarios del dinero retirado de la cuentas de la patronal.

En la UIMM aseguran que la indemnización destinada a Gautier-Sauvagnac no era para comprar su silencio sino porque se jubilaba.

Gautier-Sauvagnac está imputado por "abuso de confianza" después de que la Policía descubriera que se habían retirado de la caja de la organización y con su autorización cerca de 19 millones de euros entre 2000 y 2007. Los investigadores sospechan que la mayor parte de estas sumas sirvieron para financiar en secreto a los sindicatos.

Fuentes judiciales citadas por la prensa gala apuntan que los dos contratos desvelados por la revista 'Marianne' podrían llevar a la justicia a iniciar un procedimiento contra la organización por "complicidad" en los cargos que se le imputan a Gautier-Sauvagnac.

El ex presidente de la patronal de la metalúrgica sigue siendo delegado general de la organización y percibe un salario de unos 20.000 euros al mes. En diciembre pasado anunció que dejaría la UIMM en 2008.

Los partidos de la oposición han salido al unísono a exigir responsabilidades y los socialistas han pedido al Gobierno anular las transacciones entre la UIMM y su antiguo presidente. "El Partido Socialista no puede aceptar el fruto de tal negociación y pide al Gobierno anular este acuerdo, porque no es aceptable", sostiene el PS en un comunicado.

El Partido Comunista denunció que "hay algo podrido en el reino de Medef" (la patronal francesa) y los Verdes exigen que el afectado devuelva el dinero.

Por su parte, el MoDem dijo ver en este asunto el reflejo de "un mundo a dos velocidades" y reclamó a la Medef "autoregular todo esto".

El primer ministro, François Fillon, dijo que era necesario que la justicia "hiciera su trabajo". "No estoy en la UIMM, no tengo información concreta sobre este asunto pero creo que lo importante es que la justicia haga su trabajo, es decir, que se sepa si ha habido errores, si se han cometido delitos en la UIMM y que luego se adopten las sanciones.

La presidenta de Medef, Laurence Parisot, ha interrumpido sus vacaciones para volver a París y adoptar las medidas necesarias.

Liwe Española reduce un 79% su beneficio en 2007

MADRID.- Liwe Española redujo un 79,21% su beneficio neto en 2007, hasta los 90.000 euros, frente a los 433.000 euros registrados el ejercicio anterior, según comunicó la firma textil murciana a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV).

La compañía explicó que el proceso de reconversión de su negocio tradicional de venta a minoristas hacia el de tiendas propias, está conllevando "importantes" inversiones financieras.

Como consecuencia, también se incrementa su endeudamiento que, "aun estando en cotas bajas, continuará aumentando" dentro de su plan de expansión.

El volumen de ventas ascendió el pasado año a 42,3 millones de euros, lo que representa un crecimiento del 35,2% respecto a la de 2006. El resultado antes de impuestos fue de 783.000 euros, un 20,6% superior al del ejercicio anterior.

Pasado el ecuador, empieza la fase más regional / Juan Redondo

Hemos pasado el ecuador y los grandes líderes nacionales han cubierto su cupo regional. Con Zapatero se cierra la semana más intensa en cuanto a trabajo interno de los comités de campaña. A falta de Aznar ya no quedan estrellas por venir y la última semana se jugará en casa.

Se ha cerrado el voto por correo, con una participación superior a las pasadas generales y mañana se cierra el plazo de publicación de sondeos de opinión. Estos comicios, como ya sucediera en las autonómicas y municipales, las encuestas apenas han existido o han tenido escaso protagonismo. El lunes queda para el último debate, en el que se supone que los dos dirigentes echarán el resto en busca de los votos indecisos, dejando como dicen los castizos “el pescao vendido”.

Para los comités de campaña regionales será la semana de relativo descanso y espera, con la agenda de los candidatos apretada en relaciones con los medios de comunicación actos locales y sectoriales y un cierre de campaña sencillo y localizado. Lo demas queda para cerrar el número de interventores y apoderados y preparar los locales para las celebraciones o los llantos de la noche del 9 de marzo.

Alcanzado este punto de inflexión, ya se pueden extraer algunas conclusiones de la campaña a nivel regional. La presunta corrupción que protagonizó las autonómicas y municipales ha quedado en un segundo plano. Incluso la huelga de funcionarios judiciales ha pospuesto procesos abiertos, dejando al diputado y ex alcalde de Totana, Juan Morales tranquilo y clandestino en su extraña situación de presunto imputado.

En cambio el ministro de Justicia, Mariano Fernández Bermejo se ha encontrado con una hostilidad, no “deseable para nadie”, como comentan hasta los propios candidatos populares. Parece como si Bermejo se presentara a la presidencia del Gobierno, por el acoso, marcaje y hostigamiento que está sufriendo. Los populares no quieren debatir con el, y la alcaldesa de Cartagena menos. Sin embargo se han empeñado en revolver sin escrúpulos hasta entrando en su vida personal.

El buen hombre no ha entrado a las andanadas populares, pero al contrario que otros muchos “paracaidistas” que han aterrizado aquí, no tiene motivos sobrados para hablar de la buena hospitalidad de los murcianos. Y dice que le quedan ganas y voluntad de defender a Murcia en los próximos cuatro años.

Ministrables y futuribles

Si gana Zapatero, está claro que el candidato por Murcia, Mariano Fernández Bermejo se sentará en el Consejo de Ministros, siguiendo al frente de la cartera de Justicia. También, según Saura, el ex diputado Raimundo Benzal estaría destinado a un alto cargo en Madrid.

En el caso de que Rajoy llegara a La Moncloa en las quinielas populares también colocan de futuribles en la Administración central a varios candidatos porla circunscripción de Murcia. Andrés Ayala, en el area de Infraestructuras y Fomento, suena con fuerza, y también dejan claro que Jaime García-Legaz dificilmente se quedaría en el Congreso. El destino de Vicente Martínez-Pujalte se movería entre el gobierno y el grupo parlamentario popular.

Zapatero "revienta" el Pabellón de Deportes de Murcia, congregando a casi 12.000 personas

MURCIA.- En un mitin sin precedentes en la historia de la reciente democracia murciana, el presidente del Gobierno y candidato del PSOE a la reelección, José Luis Rodríguez Zapatero, ha devuelto la ilusion, como en los mejores tiempos de Felipe González, a la hinchada socialista regional "reventando" con casi 12.000 asistentes el aforo del Pabellón de Deportes de la ciudad de Murcia. Hasta los numerosos inmigrantes congregados le aplaudían a rabiar después de cada intervención mientras muchas personas se quedaron a las puertas ante la imposibilidad material de acceder al mitin incluso ya antes de comenzar. La organización metió mucha gente en la pista y abarrotó las gradas, los pasillos y las escaleras. Pero, a todas luces, se quedó corta.

Acusó Zapatero al PP de no pensar "en el bienestar de la gente", sino de "intentar sembrar la discordia, meter miedo, negar las grandes posibilidades de España", para proclamar más adelante, sobre el tema del agua, que "yo tengo un proyecto político y el PP sólo una táctica" .

"Quien siembra miedo a un país libre, a un país orgulloso de sí mismo, sólo tendrá una respuesta, la derrota electoral el 9 de marzo", comenzó diciendo de entrada el candidato socialista, tal vez conocedor de las últimas tendencias de las encuestas más fiables.

Zapatero se mostró convencido de que "quien gobierna diciendo la verdad aunque cueste a veces", con "una visión optimista", "ocupándose de los más débiles" y "con la cabeza alta y la mirada limpia, ganará las elecciones".

Al poco de comenzar, el candidato ya
pidió expresamente el voto a los más jóvenes, insistiendo, una vez mas, que "lo que ocurra el 9 de marzo afectará a todos los españoles pero, sobre todo, a los que tienen más vida por delante".

"Pido a todos que participen en esa decisión, a los más jóvenes, para que decidáis sobre vuestra vida, sobre vuestro futuro, sobre vuestros derechos", brocheó un crecido Zapatero su primera parte.

Los asistentes al acto central de campaña de los socialistas murcianos jaleaban con aplausos y un ondear de banderas del partido cada frase de su líder sobre las diferentes defensas de su política, hasta llegar a interrumpirle casi en cada ocasión.

El Presidente llamó "a la mayor participación de la historia de la democracia para demostrar a quienes quieren que la gente se quede en su casa, que este es un país digno y libre, en el que la gente hace lo que quiere con su voto" .

"Quedarse en casa el próximo 9 de marzo es sucumbir a los deseos del Partido Popular", siguió diciendo Zapatero, para explicar que el PP cifra su única esperanza de vencer en una baja participación electoral, "sembrando suficientes dudas sobre economía, inmigración y cuestiones nacionalistas", incluso entre los votantes socialistas.

Para Zapatero, "hay que ir a votar con la mirada positiva frente a los que todo lo ven en blanco y negro. El cariño es mi mayor fuerza para una gran victoria", remató el Presidente para movilizar a su gente a sólo una semana de la cita con las urnas. "Ellos no pueden ganar porque no confían ni en sí mismos para pedir el voto".

El Presidente también pidió el voto de los trabajadores, recordando que él ha gobernado estos cuatro últimos años basándose en el diálogo social, que lo seguirá haciendo y que mejorará las prestaciones sociales. Se comprometió, además, a seguir trabajando por la igualdad efectiva de hombres y mujeres.

Zaparero defendió, igualmente, el respeto y la tolerancia a los inmigrantes que habitan entre nosotros tras recalcar el fariseísmo y la hipocresía que practica el PP con ellos.

Fue al hablar de la comprensión debida a los inmigrantes, cuando Zapatero sacó a relucir su vena socialdemócrata. "Yo quiero un país que les atienda aunque el PP intente alentar las peores pasiones. Tienen que trabajar legalmente, son seres humanos con derechos, no mercancías, seres humanos. Este país nunca va a aceptar posiciones xenófobas", dijo ya entre un atronador aplauso de una multitudinaria audiencia largamente puesta en pié, hasta el punto de que el propio candidato tuvo que rogarle que volviera a tomar asiento.

El agua

"Siempre he dicho la verdad para Murcia, y he dicho lo mismo aquí que en Aragón, porque quien no dice lo mismo en todas las comunidades autónomas, es que no dice la verdad. Yo nunca he venido aquí a vender trasvases trampa", comenzó diciendo el candidato al tocar el tema del agua.

"Hemos invertido aquí seis veces más en agua que lo que invertía el Gobierno anterior y mis propuestas sobre el agua siempre se basaron en la modernización de regadíos y ampliación de las desaladoras", recordó Zapatero, antes de matizar que "la seguridad futura es disponer de autonomía con tu propia agua, y eso es lo que garantiza este Gobierno, lo demás es trasvase trampa y engaño".

"En la próxima legislatura llegaremos a superar las necesidades de agua que tiene Murcia y la cuenca del Segura", prometió con cierta credibilidad Zapatero al cerrar su esperada intervención.- (NEM)

¿Adónde va España? / Ignacio Ramonet

Hace apenas seis meses, las elecciones generales del 9 de marzo en España debían constituir, para el gobernante Partido Socialista Obrero Español (PSOE), una simple formalidad. El balance de la legislatura aparecía en efecto globalmente positivo. ¿No había tomado acaso el presidente del Gobierno, José Luís Rodríguez Zapatero, con la aprobación de la mayoría de los ciudadanos, algunas decisiones audaces y de modernización de las costumbres? Entre otras, la retirada de las tropas españolas de Irak, la regularización masiva de los inmigrantes sin papeles, la legalización de los matrimonios homosexuales y las leyes para acelerar el divorcio, facilitar el aborto y contra la violencia de género.

Tales medidas venían adicionalmente a demostrar que, a pesar de los imperativos de la globalización neoliberal, un dirigente aún podía hacer prueba de voluntad política y cumplir sus promesas electorales. Devenido inaudito, ese coraje convirtió en aquel momento a Zapatero en un icono de la izquierda internacional (1).

Asimismo, y cumpliendo también lo prometido, el gobierno socialista procedió a la necesaria revisión del Estatuto de Autonomía de Cataluña cuyo nuevo texto fue aprobado en julio de 2006. Combatida en el seno mismo del PSOE y criticada de modo poco responsable hasta en los medios de comunicación no hostiles a los socialistas (diario El País , radios de la Cadena SER, canales de televisión Cuatro y CNN+ de la empresa Sogecable), esta decisión ya fue menos aceptada por una opinión pública incitada de modo abierto a la catalanofobia.

Mientras tanto, anonadada en un primer tiempo por la inesperada derrota en las elecciones del 14 de marzo de 2004 y desconcertada por las incesantes iniciativas del gobierno socialista, la derecha recomenzaba a movilizarse. Y el gran vencido del 14 de marzo, Mariano Rajoy, presidente del Partido Popular (PP), asumía la dirección de la contraofensiva conservadora.

Ésta se inició en un terreno estrambótico: en torno a la autoría de los odiosos atentados del 11 de marzo en Madrid (191 muertos, más de 1.700 heridos). Contra toda evidencia (2), con un insólito desparpajo y apoyados por la artillería pesada de los medios de comunicación derechistas -diarios La Razón , El Mundo y, en menor grado, ABC (3), emisoras de radio de la Cadena de Ondas Populares de España (COPE) (4), y canal de televisión autonómico Telemadrid-, los principales líderes conservadores corearon durante casi tres años que la organización armada Euskadi Ta Askatasuna (País Vasco y libertad, ETA) estaba implicada en los atentados en complicidad con los islamistas yihadistas.

Una mentira tan enorme como aquella que se inventó la Administración de Bush en Estados Unidos, la de las armas de destrucción masiva supuestamente poseídas por Sadam Husein, y que dio pretexto a la invasión de Irak en marzo de 2003. Una mentira compulsivamente repetida por algunos de los medios de comunicación más importantes de España. A sabiendas. Con la frenética obsesión de los fanáticos de las teorías del complot. Lo cual da idea del enfermizo nivel que ha alcanzado en este país el enfrentamiento ideológico. Y del siniestro lodazal en el que han caído algunos órganos de (des)información. Para éstos, todo vale aunque en la infame querella perezcan la ética periodística y la razón democrática.

De poco le han servido al Gobierno de José Luís Rodríguez Zapatero los buenos resultados macroeconómicos: 2,88 millones de empleos creados y un Producto Interior Bruto creciendo en cuatro años por encima del 3,5% anual (a costa, hay que decirlo, de una fuerza laboral sometida a un escandaloso empleo precario).

Con el comienzo de la crisis financiera internacional, el parón inmobiliario y la desaceleracion de la economía (pero el Fondo Monetario Internacional prevé que el crecimiento en 2008 aún sera en España de entre 2,5% y 2,7%, cuando el de Francia, por ejemplo, sólo será de entre 1,3% y 2,2%), la derecha ha considerado que por fin disponía del gran argumento para imponerse.

Abastecido de municiones ideológicas por la Fundación para el Análisis y los Estudios Sociales (FAES ) (5), el tanque de pensamiento neoconservador fundado por José María Aznar, y en alianza con el Episcopado español y el Vaticano del Papa Ratzinger, Mariano Rajoy y los halcones del PP han endurecido aún más su discurso (contra las autonomías, contra los inmigrantes, contra la laicidad, contra los homosexuales), y proseguido su estrategia de acoso y derribo.

¿Conseguirán su propósito ? ¿Lo permitirán los ciudadanos?

Notas:
(1) Recordemos, por ejemplo, el documental italiano de protesta realizado por Sabina Guzzanti y titulado Viva Zapatero! (2005), panfleto feroz contra Silvio Berlusconi en el que el Presidente del Gobierno español aparece como la perfecta antítesis del entonces Presidente del Consejo de Italia.

(2) Como ha quedado demostrado en el juicio a los autores de los atentados y en la sentencia del 31 de octubre de 2007. La justicia española atribuye la autoría de la matanza a "miembros de células o grupos de tipo yihadista", y descarta que detrás de los ataques estuviera la organización vasca ETA.

(3) Órgano tradicional de la derecha española, el diario ABC ha cultivado estos últimos años, contrariamente a su competidor ultraderechista La Razón, una línea distante respecto a las posiciones más duras del PP, en particular precisamente en asuntos como las patrañas sobre los atentados del 11-M. Considerando que esta línea prudente es la causa del descenso de la difusión, el grupo Vocento, propietario de ABC , ha decidido, a principios de febrero pasado, fichar a José Alejandro Vara, director de La Razón , y a otros tres altos cargos de ese diario (José Antonio Navas, Pablo Planas y Francisco Marhuenda), para dar un giro radical a ABC y alinearlo con el sector más extremista del PP.

(4) Los accionistas de la Cope son: la Conferencia Episcopal Española (50%), las diócesis (20%) y órdenes religiosas como los Jesuitas y los Dominicos. Desde que, a partir de 2004, asumió un rol de oposición frontal contra el gobierno socialista, la Cope ha visto aumentar su audiencia (una media de tres millones de personas la escuchan cada día), y se ha convertido en la segunda radio generalista de España. Difunde en particular el polémico programa La Mañana, que dirige Federico Jiménez Losantos, antisocialista.

(5) Unas siglas que, subliminalmente, intentan recordar a la Falange Española, organización fascista en la que se apoyó la dictadura franquista.